O Mar de Aral, situado na Ásia Central entre o Cazaquistão e Uzbequistão está desaparecendo. O mar que já foi um dos quatro maiores da Terra perdeu surpreendentemente 40 mil km² desde a década de 80.
Imagens de satélite captadas pelo Envisat da agência espacial europeia mostram o processo de desaparecimento da água entre os anos de 2006 e 2009 e o que se vê é um pouco mais do que lagos dispersos. Cientistas acreditam que a parte do sul do Aral suma por completo até 2020.
A ação do homem na região é apontada como uma das causas de sua transformação. A água dos rios que desembocam no mar serve para a irrigação de cultivos na região.
A história mostra que no final dos anos 80, o Mar de Aral já havia se dividido em dois, o Aral Pequeno ao norte no Cazaquistão e o Aral Grande ao sul, compartilhado pelo Cazaquistão e Uzbequistão.
Até o ano de 2000, o Aral Grande sofreu uma nova divisão, a oeste e leste. Neste processo foi registrada a perda de 80% da capacidade da água na parte leste.
Ao longo dos anos o sumiço das águas deu lugar a um deserto de 40 mil km² que recebeu o nome de Aral Karakum. A transformação da paisagem também mudou o clima no local. As temperaturas têm sido mais baixas no inverno e mais altas durante o verão.
Atualmente, o governo do Cazaquistão e o Banco Mundial tentam salvar o Aral Pequeno através da construção de um dique na parte sul que já ajudou a elevar o nível das águas em 4 metros.
Foto: Imagem mostra o deserto de Aral Karakun, formado a partir do ressecamento do leito.
Fonte: apolo11.com
Para recuperar o mar de Aral, voltando ao que foi há 50 ou mais anos atrás, não é necessário um investimento faraónico, na minha modesta opinião. Com a ajuda de todo o mundo, cada país contribuindo conforme as suas possibilidades, isto faz-se "com uma perna às costas", não custa nada, que haja boa vontade.
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