quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mar de Aral na Ásia pode sumir por completo até 2020


O Mar de Aral, situado na Ásia Central entre o Cazaquistão e Uzbequistão está desaparecendo. O mar que já foi um dos quatro maiores da Terra perdeu surpreendentemente 40 mil km² desde a década de 80.

Imagens de satélite captadas pelo Envisat da agência espacial europeia mostram o processo de desaparecimento da água entre os anos de 2006 e 2009 e o que se vê é um pouco mais do que lagos dispersos. Cientistas acreditam que a parte do sul do Aral suma por completo até 2020.

A ação do homem na região é apontada como uma das causas de sua transformação. A água dos rios que desembocam no mar serve para a irrigação de cultivos na região.

A história mostra que no final dos anos 80, o Mar de Aral já havia se dividido em dois, o Aral Pequeno ao norte no Cazaquistão e o Aral Grande ao sul, compartilhado pelo Cazaquistão e Uzbequistão.

Até o ano de 2000, o Aral Grande sofreu uma nova divisão, a oeste e leste. Neste processo foi registrada a perda de 80% da capacidade da água na parte leste.

Ao longo dos anos o sumiço das águas deu lugar a um deserto de 40 mil km² que recebeu o nome de Aral Karakum. A transformação da paisagem também mudou o clima no local. As temperaturas têm sido mais baixas no inverno e mais altas durante o verão.

Atualmente, o governo do Cazaquistão e o Banco Mundial tentam salvar o Aral Pequeno através da construção de um dique na parte sul que já ajudou a elevar o nível das águas em 4 metros.
Foto: Imagem mostra o deserto de Aral Karakun, formado a partir do ressecamento do leito.

Sobre Belo Monte - Por Miriam Leitão

Por Miriam Leitão
Por 100 quilômetros o rio Xingu vai passar a ter uma vazão mínima de água, e, às margens dessa área, há tribos, ribeirinhos, floresta. Os técnicos do Ibama escreveram que não garantiam a viabilidade ambiental da hidrelétrica de Belo Monte. Duas das maiores empreiteiras do país desistiram porque acham arriscado demais economicamente. Mas o governo diz que fará o leilão.
Há dúvidas de todos os tipos sobre a hidrelétrica: ambiental, econômico-financeira e política. Por que ignorar tantas dúvidas? Por que leiloar a mais polêmica das hidrelétricas brasileiras a seis meses das eleições com um só grupo interessado? Por que tentar forçar a formação improvisada de um novo grupo, manipulando os fundos de pensão?
A primeira vez que se pensou em fazer essa hidrelétrica foi no auge do poder do governo militar, em 1975. Nem eles, com AI-5, sem audiências públicas, com um estado maior e mais insensato; nem eles, que fizeram Balbina, tiveram coragem de levar adiante o projeto.
O Ministério Público levanta dúvidas sobre várias questões, mas principalmente não entende a pressa do governo:
— Os técnicos do Ibama escreveram que não tiveram tempo de considerar as questões levantadas nas audiências públicas, escreveram que não tinham como garantir a segurança ambiental do empreendimento, há dúvidas sobre a viabilidade econômico-financeira e mesmo assim o governo diz que fará a obra — diz o procurador da República Bruno Alexandre Gutschow, do Pará.
Há vários outros pontos que estão sendo analisados pelo Ministério Público e novas ações podem ser propostas nas próximas horas. Eles entraram com duas ações pedindo a suspensão do leilão. E a vice-procuradora-geral da República, Débora Duprat, enviou um ofício ao presidente do BNDES exigindo respostas para várias perguntas: se o banco fez estudo da viabilidade econômico-financeira do projeto; quanto pretende financiar; se pesou o custo sócio-ambiental de deslocar 50 mil pessoas.
No mês passado, o Ministério Público tinha feito essas perguntas ao BNDES, e ele admitiu que desconhece os detalhes do empreendimento. Estranhíssimo. Ele será o grande financiador, como pode desconhecer?
O governo claramente está forçando a barra diante de todas as dúvidas. Ontem, a Aneel adiou o prazo de inscrição para participar do leilão. E, sem qualquer transparência, o governo tenta montar um novo consórcio.
O Ministério Público se perguntou numa das ações propostas: como manter a biodiversidade da área impactada pela redução da vazão de água? Como manter a segurança alimentar da população da área? Como garantir a navegabilidade do rio? Dúvidas que ficaram sem respostas porque os técnicos do Ibama disseram várias vezes em seus pareceres e de forma contundente o seguinte: “A equipe mantém o entendimento de que não há elementos suficientes para atestar a viabilidade ambiental do empreendimento.”
O pesquisador Francisco Hernandez, da USP, que estudou Belo Monte, define como um “monumento fluvial” o Rio Xingu, pela sua exuberante biodiversidade. O procurador Gutschow diz que há mais espécies de peixes lá do que em toda a Europa.
Mas alguém pode considerar que tudo isso deve ser sacrificado por uma hidrelétrica que será a terceira do mundo e que vai produzir 11 mil MW. Isso é um enorme engano. A produção média mal passará de 4 mil MW, e por três ou quatro meses no ano pode ser de meros 1 mil MW pelo regime das águas do rio.
Alguém pode argumentar que a hídrica é uma energia barata. É mesmo? A obra está calculada em R$ 19 bilhões, mas o que as empreiteiras estão dizendo é que talvez chegue a R$ 30 bi. Essa incerteza é que afasta muitos competidores. Além disso, há o custo não contado dos enormes linhões atravessando a floresta e muito distantes dos centros consumidores.
Pode-se argumentar também que se não forem feitas as hidrelétricas da Amazônia, restará ao Brasil a energia fóssil vinda do carvão, ou petróleo. É mesmo? Há inúmeras outras alternativas num país como o Brasil: biomassa, eólica, solar, eficiência energética, pequenas usinas, marés. A Coppe tem protótipo de usinas de marés, há estudos mostrando que se deveria estimular a autogeração renovável de fontes alternativas pelas indústrias.
Se você concorda com a ex-ministra Dilma, para quem nenhuma dessas fontes pode ser levada a sério, em grande escala, veja os números da Europa: A Alemanha no final de 2009 tinha 25.800 MW de energia eólica; a Espanha, 19.150 MW. Em toda União Europeia, 75 mil MW. Na Dinamarca, representa 20% da energia; em Portugal, 15%. Os Estados Unidos têm 35 mil MW. Isso sem falar do enorme potencial fotovoltaico (solar) do Brasil.
O Brasil explorou intensamente seu potencial hídrico, agora ele está em local distante, de grande impacto ambiental, com custos de construção e manutenção mais altos e incertos. A tendência agora é descentralizar a geração, e produzir barragens menores que reduzam o estrago ao meio ambiente. Enfim, quem pensa que só existe barragem ou fóssil precisa urgentemente atualizar seus conceitos.

Fonte: nosso futuro comum

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Poder e lucro acima de tudo e todos

Democracia existe?

Provavelmente não!

O mundo vive hoje dominado por um império. E quem é o Imperador?

Imperadores não são eleitos. No entanto este não pode ser uma pessoa eleita em um governo que se diz democrático.

Mas o imperador continua a existir. É a Corporatocracia, ou seja, "o governo é das Grandes Empresas", onde a base do sistema é a corrupção, onde a ditadura da elite impera com o objetivo de maximizar lucros, independente do impacto social e ambiental que pode ser causado.

Democracia existe?

Com toda certeza não.

Democracia não existe em um sistema que é comandado por corporações. O Império não é ético, não serve ao bem estar das pessoas, e sim, defende a economia baseada na competição, no livre comércio. Livre comércio não é democracia pois significa auto interesse, que resulta em:

-corrupção;

-consolidação de poder e riquezas;

-camadas sociais e;

-paralisia tecnológica.

Vivemos em um império comandado por uma corporatocracia que estabelece, define os limites do sistema monetario que rege a economia mundial. Este sistema mantém o mecanismo de auto preservação que coloca em risco o bem estar social e ambiental atrás da necessidade de ganho monetário, causando:

-impactos ambientais;

-monopólio e;

-redução da força de trabalho em busca do objetivo principal - o Lucro.

No atual sistema em que estamos vivendo é difícil confiar nas pessoas, pois o que unicamente importa é o Lucro. É importante frisar esta palavra, por que a base do sistema é o Lucro.


Luciane Puglisi Marreto

domingo, 18 de abril de 2010

Nao é demostração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
Jiddu Krishnamurti - Zeitgeist Addendum
Ninguem é mais escravo do que aquele que falsamente se acredita livre.
Johann Wolfgang Von Goethe - 1749-1832
Zeitgeist Addendum

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Escolas Municipais entram na era digital

Por ação da Diretoria de Ciência e Tecnologia/Secretaria Municipal de Educação de Anápolis, a Prefeitura acelerou o processo de informatização das escolas municipais. Por meio de convênio com o Programa Nacional de Informática na Educação(ProInfo) do Ministério da Educação, a prefeitura adquiriu todos os equipamentos necessários para instalar modernos espaços digitais nas unidades escolares.

Escolas com menos de 800 alunos ganharam 18 computadores completos com monitor de LCD e impressora a lazer. Escolas com mais de 800 alunos terão dobrado o kit de informática. “Anápolis é uma cidade privilegiada, pois não são todas as cidades que conseguem tão rapidamente a materialização do convênio com o ProInfo”, diz a Secretária Municipal de Educação Ciência e Tecnologia, professora Virgínia Melo, exaltando o trabalho da Diretoria de Ciência e Tecnologia no sentido de conseguir os espaços digitais.


Emocionado com tudo o que estava acontecendo, o prefeito Antônio Gomide declarou que sua administração tem dado passos importantes pra beneficiar a cidade, e inúmeras atividades tem sido executadas. “Temos trabalhado pela cidade, e feito a diferença, mas o que me faz extremamente feliz, é quando o investimento é direcionado à educação, porque estamos convictos de que quando os investimentos são para a educação, estamos promovendo mudanças significativas que alcançarão uma geração”. O prefeito disse que a implantação dos espaços digitais nas escolas dará dignidade às crianças e contribuirão e para dotar a escola de condições para ser um local prazeroso para a criança e adolescente, convertendo-se em um lugar que lhe dá satisfação em ir e onde vai não apenas por imposição dos pais.

“Os espaços digitais contribuirão, também para transformar Anápolis em uma cidade digital”, disse o prefeito. Considerando, inclusive, que 30 mil crianças do ensino fundamental terão acesso ao computador, em Anápolis cai por terra a estatística nacional apresentada pela professora Lídia Karla, da escola João Luiz de Oliveira, que discursou representando seus colegas diretores, de que no país apenas 17% dos estudantes de Ensino Fundamental das escolas públicas dispõem desta nova ferramenta de ensino. Em Anápolis, o percentual de estudantes do Ensino Fundamental chega a 100% de acesso à informática, com o aparelhamento digital das escolas públicas municipais.

Primeiro a discursar, o diretor de Ciência e Tecnologia, Fabrízio Ribeiro, declarou que os espaços digitais representarão uma inovação na Rede Municipal de Educação, e quer que Anápolis passe a ser referência no estado, quiçá no país.


A Neve do Canadá está pintada de Vermelha


O abate anual de focas, no Canadá, continua apesar da indignação internacional. Foi com horror que se assisitiu, no ano passado, ao abate de mais de 330 000.Todos os anos, centenas de milhares de focas são mortas, esfoladas e arrastadas pelo gelo.

Com 3 semanas de vida, as focas não têm qualquer possibilidade de escapar aos caçadores, que chegam ao Canadá em grupos. Estes cercam as pequenas focas para as matarem, dando-lhes pauladas. Muitas vezes, os animais ainda estão vivos quando lhes arrancam a pele...

Em 1983, a União Europeia baniu a importação de produtos oriundos da caça das focas bebés.
Contudo, vários estilistas da Europa continuam a usar a pele de foca na confecção das suas colecções e a carne e o óleo de foca são também importados.


“A grandeza de uma nação e o seu progresso moral podem ser avaliados pelo modo como os seus animais são tratados.”
-Mahatma Gandhi

Fonte: oplanetaquetemos.blogspot.com

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Seminário debate desenvolvimento, meio ambiente e cultura

A Fundação Mauricio Grabois, ente outros parceiros, organiza o Seminário sobre o Centro-Oeste: desenvolvimento, meio ambiente e cultura. O evento acontece entre os dias 23 e 24 de abril na Faculdade de Enfermagem e Nutrição (FEN-FANUT-UFG), no Setor Universitário, em Goiânia.
O Seminário sobre o Centro-Oeste: desenvolvimento, meio ambiente e cultura se realizará entre os dias 23 e 24 de abril no Auditório da Faculdade de Enfermagem e Nutrição (Av. Universitária com 1ª Avenida s/n, Setor Universitário), em Goiânia.
O evento tem como principal objetivo contribuir em diversos níveis – federal, estadual e municipal – na elaboração de macropolíticas que tenham como eixo norteador, conquistar condições de vida digna para toda a população e um meio ambiente equilibrado e saudável.
Segundo o professor Silvio Costa, diretor da Fundação Maurício Grabois em Goiás e organizador do Seminário, após as discussões nas mesas temáticas vão ser apresentados diagnósticos e na Plenária final será apresentada uma síntese das questões fundamentais e de uma plataforma de lutas. “Claro que o intuito maior do Seminário é subsidiar as pessoas que atuam na área nos municípios e nos estados que fazem parte da região Centro-Oeste” – aponta Silvio.
De acordo como professor, a meta é atingir neste primeiro debate as pessoas que trabalham na área ambiental e desenvolvimento econômico nos municípios, estudiosos do assunto, como professores, mestrandos e estudantes em geral.
Para Silvio Costa, outro objetivo importante do Seminário é contribuir para a superação da predominância de macropolíticas. “Legisladores e administradores públicos atendem o tema com pouco interesse, outros setores são movidos por interesses mercadológicos que acabam ocupando o solo de forma desordenada e predatória, seja no campo, ou seja, nas cidades. Temos que usar nossas ferramentas para não deixar que isso aconteça.” – assinala o professor.
A abertura do evento acontecerá às 15 horas do dia 23, sexta-feira com término marcado para às 22 horas. No sábado, dia 24, o Seminário terá inicio às 9 horas. A Plenária final acontece das 17 às 19 horas.
A Fundação Mauricio Grabois organiza o evento e tem como parceiros a Pró-reitoria de extensão e cultura da Universidade Federal de Goiás, o Instituto de Estudos Sócio-Ambientais/UFG, SINPRO-Go, APUC, SINT-IFESgo, SBPC-Regional Centro-oeste, Pontão de Cultura República do Cerrado, AMMA e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
Biodiversidade
O Cerrado é cortada por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul e cobre quase toda a extensa região Centro-Oeste, ocupando uma área superior a 2 milhões de km², cerca de 23% do território brasileiro.Os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Distrito Federal, Tocantins e parte dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, São Paulo, Paraná e Rondônia abrangem o Cerrado. Entretanto, o Cerrado e o Pantanal vem sendo indiscriminada e aceleradamente alterada pela destruição de seu hábitat, pelo desmatamento e introdução de espécies exóticas invasoras.
Mais informações e inscrições: (62) 3225-6539 ou fundacaomauriciograbois.go@gmail.com
Da redação local,
Eliz Brandão

terça-feira, 13 de abril de 2010

Belo Monte. Um projeto que deve ser cancelado. Entrevista especial com Guilherme Zagallo


Na última terça, dia 06 de abril, foi divulgado o relatório Missão Xingu: Impactos socioambientais e violações de direitos humanos no licenciamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A IHU On-Line entrevistou, por telefone, com um dos relatores do documento, o advogado Guilherme Zagallo, que falou sobre as violações deste projeto aos direitos humanos e os seus impactos para a população e o ambiente local. “O município deve dobrar de tamanho. Hoje são 100 mil habitantes, e está prevista a migração de mais 96 mil pessoas. Essas pessoas que migrarão, em torno de 17 mil no pico da obra, trabalharão na construção. Só que essas pessoas não têm a qualificação necessária para a operação. A operação da usina vai movimentar apenas 700 pessoas. Passada a obra, ficará um caos social no município”, explica Zagallo.

Guilherme Zagallo é vice-presidente da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil. É também relator nacional de direitos humanos da Rede de Direitos Humanos Plataforma Dhesca Brasil [1].

Confira a entrevista aqui.